miércoles, 23 de diciembre de 2009

Las uvas de la ira


Se acaba este 2009 con los augurios de que el que viene puede ser aún peor del que se va. Como en la novela de Steinbeck los valores de la justicia y la dignidad humana son asignaturas pendientes que muy pocos desean que se solucionen.
La izquierda política e intelectual perdió el rumbo y anda desnortada. Los culpables de la crisis global pretenden ser los que reconstruyan el edificio destruído. La multilateralidad sigue siendo una quimera y las instituciones supranacionales son meros foros donde siempre se escucha la voz de los poderosos.
Vuelven a escena los más añejos gurús del individualismo galopante, los que trincan con guante de seda y los que lo esconden debajo del colchón, los que están encantados de haberse conocido, los que a golpe de experimentos confunden el fin con los medios, los jóvenes turcos que nunca debieron llegar a altas responsabilidades, los que creen que improvisando se solucionan los problemas, los que pescan en río revuelto, en suma, una pléyade de estrellas que se han estrellado y nos estrellarán a los demás porque ellos están llamados para la gloria y para que su rostro figure en la sala de personajes ilustres de Ministerios y Museos.
Este que debería ser un tiempo para la oportunidad de cambiar los cimientos de un sistema injusto es por el contrario el tiempo de los que prometen volver con sus viejas recetas, con sus viejos dogmas, con sus modelos excluyentes, pero los que deberían emprender la gigantesca obra de desmontar este tinglado han perdido la partitura y la sinfonía es un cúmulo de despropósitos, de instrumentos desafinados y tenores huecos con la voz atiplada y convencidos de que ellos son los elegidos para la gloria.
Es el tiempo de los mediocres, de los trileros, de los que te envuelven su propia miseria en papel de regalo o te motejan de "estúpido" por no ser como ellos, los que saben que su futuro está asegurado y les tiene sin cuidado el de los demás. Pero no todo es desierto y mediocridad porque hay señales que anuncian que más temprano que tarde y fruto de un esfuerzo constante se puede cambiar este desolador panorama. Muchos seguimos empeñados en seguir la estela de los compromisos, de la coherencia, de la esperanza, de la labor callada y persistente, porque nada nos fue regalado nunca y en estos tiempos convulsos hay muchos dispuestos a cercenar de raíz aquello que costó sangre, sudor y lágrimas construir.
Continuar la senda de construir no es un camino fácil, pero somos muchos millones de seres humanos los que ya estamos hartos de estar hartos y nuestra paciencia se acabó.
Son muchos los retos que nos esperan pero si somos capaces de superar nuestros egoísmos aún queda la esperanza de recuperar la iniciativa y aprovechar esta ocasión histórica de ser capaces de articular un mundo más justo.

sábado, 12 de diciembre de 2009

Cambiar las cosas



Fiel a la República, a la libertad, a la democracia, al socialismo y sobre todas las cosas a Portugal y al pueblo portugués. Esas son las señas de identidad de Manuel Alegre que ayer en Entrocamento (Portugal) asistió a una cena homenaje de muchos de sus seguidores.
“Há um combate que chama por nós. Para mudar, não para que tudo fique na mesma”.

Sou um militante do Partido Socialista. E sou, como se sabe, um homem de esquerda. Mas sou, acima de tudo, um português preocupado com a sua pátria, palavra que gosto de dizer e que escrevo desde o meu primeiro livro, porque sempre entendi que não devíamos deixar que a ditadura do Estado Novo dela se apropriasse.

A sociedade portuguesa está dividida e crispada. A desconfiança e a descrença imperam. A maledicência, a suspeita e o insulto substituíram o debate de ideias e projectos. Deixou de haver um sentimento de esperança, um golpe-de-asa, um desígnio maior que una e crie harmonia entre os portugueses.

Sobram o sectarismo e a mesquinhez, faltam a generosidade e a grandeza necessárias para nos unirmos em torno de um propósito comum. Sem truques, sem falsas ilusões, mas também sem descrença e fatalismo.

Acima dos sectarismos, das corporações, dos clubes, dos lobbies, das capelinhas e interesses particulares, está a democracia e está Portugal, está a crença em valores comuns, na qual acredita a maioria dos portugueses: os valores da decência e do trabalho honesto, da liberdade e da confiança nas nossas instituições, da justiça e da fraternidade, e da absoluta necessidade de sermos capazes de construir uma prosperidade equitativamente partilhada, ao alcance e para benefício de todos os portugueses.

Os portugueses estão cansados dos profetas da desgraça, daqueles que estão constantemente a decretar o fim iminente de Portugal. Há quem faça disso, em Portugal, uma profissão. Há quem deva o seu estatuto entre nós ao facto de estar constantemente a passar atestados de doença terminal à democracia e ao nosso país.

Mas nada disto é novo. Profetas da desgraça já houve muitos, em todas as épocas da nossa história. E, no entanto, passaram mais de oito séculos e ainda cá estamos.

Portugal é uma magnífica obra da vontade humana. E enquanto for essa a vontade do nosso povo, Portugal continuará a existir. Mesmo contra a vontade de alguns grandes interesses privados, que em vários momentos da nossa história foram “entreguistas”.

Eu não tenho dúvidas sobre a força dessa vontade do nosso povo. Olho à minha volta e vejo patriotas. Vejo gente com vontade de dar a volta a isto. Gente com esperança, que não se conforma e que está disposta a lutar por um país melhor, de que nos orgulhemos e que possamos legar aos nossos filhos, um país mais justo e mais fraterno, mais próspero e mais decente do que o país em que vivemos hoje.

E de onde vem essa força? Vem de dentro de cada um de nós. A nossa força – a força de Portugal – vem do poder dos cidadãos.

- Vem das pequenas e médias empresas que constituem a espinha dorsal da nossa economia, do nosso tecido produtivo, criando riqueza e garantindo a maioria dos empregos do sector privado;

- Vem dos empresários que apostam na inovação, na qualificação e que não abdicam da sua responsabilidade social, pautando a sua actividade económica pela exigência da ética nos negócios e pelo estrito respeito da Lei;

- Vem dos nossos trabalhadores, que podem ser os mais produtivos da Europa (como acontece com os nossos emigrantes no Luxemburgo);

- Vem dos nossos professores – sobretudo do ensino público -, de quem esperamos que eduquem os nossos filhos e netos com rigor e exigência, em nome não das estatísticas, mas da igualdade de oportunidades e do imperativo de formar cidadãos cultos e preparados;

- Vem dos nossos funcionários públicos, que servem o Estado, pagam os seus impostos e merecem ser considerados, em vez de serem apontados como o bode expiatório de todos os males deste país; - Vem dos médicos, enfermeiros e auxiliares que, por vezes em situações muito difíceis, trabalham pelo Serviço Nacional de Saúde;

- Vem da nossa velha e experiente diplomacia, sempre capaz de colocar Portugal, graças à sua história, língua e cultura, acima do seu peso em termos económicos e demográficos;

- Vem das nossas forças armadas, a quem devemos a restituição da liberdade e da democracia, cuja história e tradição praticamente não têm par em países de semelhante dimensão, e que hoje, para além da defesa da soberania, através das missões no estrangeiro, emprestam credibilidade e consistência à nossa política externa;

- Vem de movimentos e organizações de voluntariado que todos os dias combatem a pobreza nos seus aspectos mais extremos;

-Tem de vir da nossa justiça, de uma justiça independente, imune às pressões, tanto do poder político e económico como das tentações corporativas, uma justiça que garanta a separação de poderes, que restaure a credibilidade das instituições, que permita o funcionamento da economia e que devolva aos portugueses a convicção de que vivemos num Estado de direito, em que há absoluta igualdade dos cidadãos perante a lei.

Esta é a nossa gente. Estes são os problemas concretos das pessoas concretas do nosso país. É neles que é preciso pensar. Sobretudo nos que mais precisam: nos desempregados, nos que se encontram em trabalho precário, nos reformados, nos deserdados da vida, nos jovens, mesmo os melhores, que estão desencantados e sem perspectivas. É para eles e sobre eles que se deve debater na AR, com uma cultura democrática de negociação, da parte de todos, governo e oposições. Não há problema em haver discussões fortes no parlamento. Isso é próprio da democracia. E sempre é melhor um parlamento em que se discute do que não haver parlamento nenhum ou então a caricatura que havia na ditadura. Simplesmente : na situação actual é bom que se discuta o que merece ser discutido.

A crise mundial está longe de estar resolvida. As grandes instâncias mundiais, OCDE, Banco Mundial, FMI, Banco Central Europeu, parecem mais empenhadas em preservar o sistema que provocou a crise do que propriamente em resolvê-la. O Mundo está sem modelo. É incompreensível que perante a falência da ideologia neoliberal, as forças de esquerda na Europa não sejam capazes de encontrar novas soluções e novos caminhos ou, pelos menos, de defender o Estado Social que é a sua principal criação. Portugal tem a sua própria crise, agravada pela crise mundial. Os tempos estão difíceis. E podem vir tempos piores. Tempos que exigem coragem, verdade e imaginação.

Será que as esquerdas do nosso País, para além das diferenças dos seus projectos, não serão capazes de fazer um esforço para encontrarem um denominador comum à volta das questões essenciais como as políticas públicas, na educação, na saúde, na segurança social, na fiscalidade, na repartição dos rendimentos, enfim, no respeito pelos direitos sociais consagrados na Constituição?

Será que, tal como em outros períodos históricos, nomeadamente o 25 de Abril, não seremos capazes de ser de novo precursores e descobrir novos caminhos que dêem outro sentido à democracia e outra esperança aos portugueses?

Este é tempo de repor o primado da política e da solidariedade sobre os egoísmos e os grandes interesses.

Este é tempo de uma nova atitude, um novo sentido da responsabilidade e de novas respostas sociais, éticas e políticas. Para que o agravamento da crise, o aumento do desemprego, das desigualdades e das tensões sociais não venha a afectar-nos a todos e a suscitar a questão da própria legitimidade do sistema político.

O que hoje se pede aos políticos não é que se refugiem no silêncio, nem em habilidades tácticas ou querelas artificiais. O que se lhes pede é verdade, sentido da responsabilidade, vontade de mudança.

Para além das diferenças, há um objectivo que deve unir todos os portugueses : esse objectivo é Portugal.

Esse combate vale a pena e chama por nós. Para mudar, não para que tudo continue na mesma. Basta ter esperança e acreditar no nosso poder, no poder dos cidadãos. Porque Portugal não é só de alguns, Portugal é de todos.

Manuel Alegre.

Bien merece la pena pensar y reflexionar sobre las palabras del poeta socialista.


martes, 8 de diciembre de 2009

Los Buches de las gallinas


En la capital de Dinamarca, Copenhague, empezó ayer la Conferencia sobre el Cambio Climático, todo parece indicar que como la cosa del clima no está bien a algunos les toca seguir pagando y otros cobrando. Esta ONU no deja de ser un acrónimo vacío, hueco, sin contenido, que ahora dirige un señor de ojos rasgados pero que tiene su sede en New York City.
Mucho chau chau, muchas declaraciones de intenciones, pero el multilateralismo es una quimera, aquí mandan los de siempre y si el Protocolo de Kyoto fue papel mojado este será más de lo mismo, muchas promesas de cambio para que todo siga igual.
Mientras tanto las guerras se multiplican, la gente se muere de hambre, las sequías, hambrunas y demás asimetrías siguen agrandandose y el Gran Padre Blanco, ahora es café con leche, ha decidido que hay que mandar 30.000 soldados más a Afganistán para labores de paz e implantación de la democracia y pide a sus aliados que manden también más soldaditos para enseñar a unos que no quieren aprender que hay que ser buenos y demócratas.
Por estos pagos nada de nuevo, nada que no sepámos, y unas tragaderas que ya las quisiera para si la gallina más grande del mundo porque en su buche puede uno encontrarse de todo. El consumismo compulsivo nos amenaza de nuevo con sus arbolitos, renos y portalitos y la gente sigue pensando en ella misma. Nada nuevo nos espera, las ocasiones se nos escapan y volverán a imponer su modelo aquellos que nos han llevado a la situación actual, ellos si que saben esperar y aprovecharse de la mayoría, porque les dejamos que nos salven y así nos va a ir.
Sirvan como estrambote final unas letrillas de una cancioncilla típica de la Isla de San Miguel, en el Archipiélago de las Azores, que se titula "Pezinho da Vila" y que demuestra lo que se puede uno encontrar en las tragaderas.
Eu fui até Vila Franca
escachado numa tranca
à morte duma galinha
o que ela tinha no papo
sete cães e um macaco
e um soldado da marinha.

sábado, 28 de noviembre de 2009

América está gritando




América está gritando........ cantaba Daniel Viglietti y parece el grito de que ha nacido un nuevo tiempo para el continente donde los "gringos" impusieron militares, dictadores y asesinos a su voluntad ha encontrado eco. Desde El Rio Grande a la Patagonia resuena: "la copla no quiere dueños ¡ patrones no más mandar!, la guitarra americana peleando aprendió a cantar.
Mañana El Pepe, José Alberto Mujica Cordano, puede ser el nuevo Presidente de la República Oriental del Uruguay. El ex-guerrillero tupamaro será una muesca más en esa nueva América que busca un nuevo rumbo, recuperar su dignidad, acabar con las injusticias y la explotación.
Como candidato del Frente Amplio ya obtuvo la victoria en la primera vuelta y mañana será un día grande para su Uruguay maltratado, explotado y colonizado durante tantos años.
Mañana no estará para celebrarlo Mario Benedetti, en mayo se nos murió, pero si estará su poesía y su mensaje para todos aquellos que luchan por la libertad, la justicia y la igualdad.
Sirva como homenaje al gran día de mañana:
AHORA TODO ESTA CLARO
Cuando el Presidente Obama
se preocupa tanto
de los derechos humanos
parece evidente que en este caso
derecho no significa facultad
o atributo
o libre albedrío
sino diestro
o antizurdo
o flanco opuesto al corazón
lado derecho en fin
en consecuencia
¿no sería hora
de que iniciáramos
una amplia campaña internacional
por los izquierdos humanos?
MUJICA-ASTORI
UN GOBIERNO HONRADO-UN PAIS DE PRIMERA
Mañana hablarán las urnas compañero y tú, yo y aquellos que no están seremos felices.

viernes, 20 de noviembre de 2009

Por sus obras los recuerdan



Hoy es 20-N y los dolientes, deudos, plañideras y aguerridos mocetones de nuevo fuste, acompañados como siempre por las bendiciones de aquella que defiende un credo que refleja la única "fe verdadera", van a celebrar como suelen, estaría bueno que no lo hicieran, con multitud de actos públicos, privados y en ese ignominioso "Valle de los Caídos por Dios y por España" las honras debidas a los dos personajes más importantes que ha dado la historia de España, que junto a Isabel y Fernando, tanto montan uno como el otro, para recordar a esta España rota, descerebrada, laicista, asesina de fetos, anticatólica y gobernada por una chusma de rojos apesebrados que siguen más vivos que nunca.
Rouco y sus boyss ya han puesto a disposición de los fervorosos "españolazos" una lista de Catedrales e Iglesias para tan pío acto porque su Reino no es de este mundo y velan por la salvación de las almas de los pecadores.
Es lo mejor de este País: Intereconomía, Fuerza Nueva, el Opus Dei, los Legionarios de Cristo, la Asociación Católica de Propagandistas, la Universidad San Pablo-CEU, la COPE, y una multiplicidad ingente de Abades mitrados, Obispos, Canónigos, gente de bien y de orden, señoras que sientan a un pobre a su mesa por Navidad, gente honesta y honrada que siguen fieles a sus ideales y a sus creencias y principios.
Todos irán con sacro recogimiento, pondrán cinco rosas sobre sus tumbas y admirarán esa Cruz de 150 metros que jodió para toda la vida la Sierra de Madrid, pero hay que ser tolerantes y respetuosos con estos milllones de españoles que en democracia, en la que no creen ni nunca practicaron, puedan hacer lo que les plazca y cantar viejos himnos patrióticos, salmos, gori-goris variados y si lo desean darse unos azotes con cilicios con bolas de acero.
Ellos ganaron una guerra y fueron, como su fe predica y practica, benévolos con los vencidos, perdonaron las ofensas, no castigaron a quien no se lo mereciera y los perdonaron por sus pecados previo acto de contricción y propósito de enmienda.
Les debemos tanto los que no somos como ellos que es una verdadera pena que no comprendamos que ellos sólo quisieron y quieren nuestro bien y nuestra salvación eterna. Algunos somos muy contumaces y perseveramos en la herejía y más temprano que tarde nos condenaremos por malos y rojos o nos condenrán a morir en un Auto de Fe para que expiemos nuestros pecados.
Les acompaño en su dolor y que vivan con fe y entusiamo este día tan señalado.

viernes, 6 de noviembre de 2009

La GM ya no vende

Con el dinero del Gobierno de los United States of América y la facilidad con que el capitalismo chupa la sangre y la liquidez a quien se le ponga por delante, un baranda llamado John Smith, que es el Vicepresidente de la nueva multinacional yankee General Motors Company que pasó de llamarse General Motors Corporation a Motors Liquidation Company cuando se declaró en quiebra y estaba dispuesta a liquidar la empresa y poner en la p.. calle a más de 350.000 trabajadores en sus plantas en más de 33 países, ha dicho que la OPEL ya no se vende a la empresa canadiense MAGNA y al Banco Ruso Sberbank.
Gracias a los millones de Obama y de los ciudadanos estos listos han decidido que ya tienen pasta gansa para seguir haciendo lo mismo que han hecho hasta ahora: seguir en la pomada y menos vender tecnología a los siempre peligrosos rusos.
Los inteligentes trabajadores de la República Federal Alemana, esos antiguos luchadores de la IG-Metall, contentos porque Frau Merkel les iba a dar a los nuevos dueños una pasta gansa para que no hubiera despidos en su país. Siempre solidarios estos germanos han visto que la pasta ha volado y a ver quién la recupera y que los boyss de Detroit quieren poner en la calle a 10.000 trabajadores de los 50.000 que tiene la OPEL y parece a que les va a tocar a ellos la peor parte.
Como no podía ser de otra manera se han lanzado a la huelga para que los que se vayan a la p. calle sean los de otras plantas europeas y exigir a Frau Merkel que haga presión para que les devuelvan la pasta entregada para que ellos estuvieran seguros en su trabajo.
A pocos días de cumplirse los 20 años de la reunificación con la Caída del Muro de Berlín y de haber descubierto las bondades del oeste y las maldades del este, resulta que los de la antigua RDA son ciudadanos de segunda o tercera aunque Frau Merkel hubiera vivido y nacido en esa lóbrega RDA, ella si que sabe y ahora presionará para que el orgullo patrio no se vea mancillado.
Si es que no aprenden estos antiguos luchadores por la libertad y la justicia, el que se junta con listos termina trasquilado y los de Detroit haciendo caja y repartiendo buenos dividendos entre sus directivos en todas partes donde sus garras llegan.
Que bonito es ser europeo, vivir en la UE, tener un Tratado de Lisboa al que hay que mendigar que lo ratifiquen a personajes como Klaus y a los irlandeses, que unidad de acción sindical en todos los países para luchar contra el enemigo común. No, aquí se trata de salvarse uno a los demás que les den.
Se les cayó el muro, pero ahora se les debería caer la cara de vergüenza por ser unos cipayos y dejarse camelar por los arrullos de aquellos que tienen la solución a la crisis: menos impuestos, menos Estado, más libertad de empresa, dinero de todos para reflotar sus empresas y los obreros a la p... calle.

miércoles, 28 de octubre de 2009

Estos nunca estarán en crisis


De niño cantábamos aquello de : "quisiera ser tan alto como la luna para ver los soldados de Cataluña" o algo parecido, pero para llevar al culmen la vieja máxima romana de "citius, altius y fortius" nadie mejor que este poker de ases: Don Rodrigo Rato Figaredo, Don Pedro Solbes Mira, Don Miguel Boyer Salvador y Don Carlos Solchaga Catalán.
La economía moderna se mueve por una locura de ambición insaciable y se recrea en una orgía de envidia, y ello da lugar a su éxito expansionista, pero la humanidad es demasiado inteligente para ser capaz de sobrevivir sin sabiduría.
No me interesa lo que me cuenten estos cuatro ortodoxos y gurús del equilibrio y de la economía financiera. A mi la "crisis" me ha enseñado lecciones magistrales sobre la codicia como causa del desastre, sobre conductas impropias de directivos, dirigentes y ejecutivos rozando el delito o cayendo en él, sobre la necesidad de que lo social (los intereses de la mayoría primen sobre los de la minoría privilegiada). Los socialistas debemos aprender y poner en práctica lo que nos dice el Nobel de Economía Krugman cuando escribe que “algunos creen que la cifra calculada del déficit es una cifra aterradora que requiere medidas drásticas, cómo cancelar las iniciativas para reanimar la economía y suspender la reforma sociales". Lo cierto es que ahora los déficits ayudan a la economía. Los déficits de Estados Unidos y otras economías importantes han salvado al mundo de una recesión mucho más profunda. La perspectiva a largo plazo no es catastrófica. Lo que necesitamos ahora mismo es que la deuda pública aumente hasta que la economía esté en vía sólida de recuperación, pero no la ortodoxia que estos cuatro pavos nos han brindado y nos brindan con sus sabias y doctas prédicas.

jueves, 15 de octubre de 2009

Caballero si a Lanzarote ides.....


Como el caballero Gaiferos y su amada Melisendra, aquella pobre dama encerrada en un lóbrego castillo al asomarse a la ventana de su encierro se lamentaba: "Con voz triste y muy llorosa al ver a un apuesto caballero le empezare de llamare: Por Dios ruego, caballero, queráis os a mí llegare. Caballero, si a Lanzarote ides, por Saramago preguntade: decidle que la su esposa, se le envía a encomendare".
El apolíneo Pedro Santana Lopes, primo en sentido lato de Ric Costa, que acaba de ver como un socialista de piel aceitunada nacido en Goa, allá en la India, llamado también Costa pero no Ric sino Antonio, acaba de ganarle las elecciones en la bella ciudad de Lisboa pasa por muy malas horas. Este requintado personaje que siendo Secretario de Estado de Cultura, con el inefable Cavaco Silva, prohibió en Portugal el libro de José Saramago: "El Evangelio según Jesucristo" se tiene que tragar el sapo de ya no ser nada después de haber sido tantas cosas, de que casi veinte años después, José Saramago vuelve a ocuparse de la religión en Caín, su nueva novela, que hoy sale a la venta y en la que, en palabras del escritor portugués, viene a decir que "Dios no es de fiar".
Coitado de Don Pedro Santana y del pobrinho de Ric Costa que han sido castigados por ser mu malos, pero que mu malos, así que lo mejor que pueden hacer es leerse la novela, una ficción sobre Dios y los hombres, donde Saramago redime a Caín del asesinato de Abel y señala a Dios como "autor intelectual" al despreciar el sacrificio que Caín le había ofrecido.
Comparto con Saramago que no es su particular y definitivo y ajuste de cuentas con Dios, porque las cuentas con Dios no son definitivas, pero si con los hombres que lo inventaron. "Dios, el demonio, el bien, el mal, todo eso está en nuestra cabeza, no en el cielo o en el infierno, que también inventamos. No nos damos cuenta de que, habiendo inventado a Dios, inmediatamente nos esclavizamos a él y a ese yugo muchos quieren que sigamos uncidos como bueyes a lo largo de nuestra vida.
Parabéns a o Melrinho, y a Santana y a Costa que se acicalen bien para asistir el sábado, sabadete a la Manifa de Madrid porque allí serán los más aplaudidos por los que se les llena la boca de defender la vida, eso si, la vida que ellos llevaban y parece que la sopa boba a estos dos pavos se les ha atragantado.

viernes, 2 de octubre de 2009

¿Corazonadas?



Son tiempos de quimeras, de seguir queriendo apuntalar un mundo que se ha resquebrajado por parte de los
que lo hundieron, de banqueros que se prejubilan a los 50 años con cantidades que una mínima parte permitirían salir de la hambruna a millones de seres, pero la fiesta es de los espabilados, de los nigromantes, de los que tienen sus patrimonios en las SICAV, en paraisos fiscales y en la ingeniería financiera.
Tiempos preciosos para Florentinos, Cristianos Ronaldos, las Koplowitz, Botines, Soros, Doña Espe, el nieto del el Tebib Arrumi y demás fauna y flora de la España triste y zaragatera, de la de a Dios rogando y con la mano trincando.¡ Qué sería de este país si las tuneladoras de Florentino dejaran de trabajar!.
Pero hoy es día de corazonadas, tenemos más de 80.000 parados más, pero lo importante es que unos barandas, que dirigidos por un cirujano ortopédico belga llamado Jacques Rogge, que preside un selecto club que se llama Comité Olímpico Internacional formado por selectos y personajes,salvo excepciones honrosas, que no le han dado un palo al agua en su vida. Basta mirar el listado de miembros para toparnos con: Alberto II de Mónaco (donde solo viven trincones), Nawaf Faisal Fahd Abdulaziz (jeque de Arabia Saudí), Ana de Inglaterra, Henri de Luxemburgo y el Marqués de Samaranch (un progresista de toda la vida).
Hemos mandado a 400 personajes ilustres para convencer a tan selecto club que Madrid 2016 es una apuesta seria, honesta y desinteresada. Un proyecto nacional que nos une, por primera vez en tantos años, a todos los españoles de cualquier signo, credo, raza, lengua o condición. Para desternillarse de risa.
A mi, es una opinión personal, me tiene sin cuidado porque creo que hay tareas más importantes que hacer en España y además pienso que sería el mejor regalo que le podríamos hacer a esa América Latina que parece ser que es la única que piensa, reflexiona y quiere cambiar el mundo asqueroso que nos ha tocado vivir y el premio a la ingente tarea realizada por un personaje histórico irrepetible: Luiz Inácio da Silva "Lula" que desde limpiabotas, empleado de una tintorería, obrero metalúrgico y pasando mucha hambre llegó a ser Presidente de Brasil en 2003 y volver a ser reelegido para su segundo y último mandato.
A mi no me gustan las corazonadas y menos si estas son interesadas, por lo tanto e igual que los antiguos griegos que la simple corona de laurel premie al mejor y aquí a trabajar para salir del atolladero.

domingo, 20 de septiembre de 2009

Sempre socialistas e do PS












Num discurso emocionado e muito aplaudido, Manuel Alegre afirmou ontem em Coimbra, naquele que foi o maior comício do PS nesta campanha, que “a lógica do Estado mínimo, a retirada do Estado das políticas públicas essenciais traz consigo uma lógica de asfixia social.” “E com asfixia social, sim – sublinhou - é que há asfixia democrática”. Manuel Alegre explicou que teve “a honra de muitas vezes ser cabeça de lista por Coimbra. Desta vez não sou por vontade própria.” “Estou aqui para afirmar a unidade do PS no essencial – e o essencial é derrotar o PSD, é impedir que venha um governo de direita que rasgue as políticas sociais e instaure um Estado mínimo para os pobres e um Estado máximo para os poderosos.”
O camarada socialista e poeta dirigiu-se directamente ao secretário-geral do PS, José Sócrates, para fazer algumas advertências em relação ao futuro. «Meu caro José Sócrates, Portugal precisa de um Governo que seja capaz de se renovar, de se repensar, de ser ele próprio um factor de mudança e de procurar novas soluções para esta crise estrutural. Sobretudo, é preciso nunca esquecer que o poder não é um fim em si mesmo, mas um meio para servir as pessoas».
“Entre José Sócrates e Manuela Ferreira Leite eu escolho, sem ambiguidades, José Sócrates. Entre o PS e o PSD eu estou, como não podia deixar de ser e estive sempre, com o PS”.
“Portugal não precisa do regresso da direita, precisa de um Governo de esquerda, da esquerda possível e esse Governo é o Governo do PS”.
“Neste partido nunca ninguém ficou fora dos combates, nem foi excluído por razões de divergência política. Este é um partido que preza a sua unidade e a constrói na diversidade de pontos de vista”.

Meresceu a pena lá estar, inesquecível e com confiança votar PS no día 27.


domingo, 13 de septiembre de 2009

Españoles malos vecinos y aprovechados


Ayer debatieron "cara a cara" los líderes del PSD-PPD y el PS en la televisión privada SIC. Dona Manuela Ferreira "Mala" Leite volvió a reiterar que suspenderá la construcción del AVE Madrid-Lisboa si gana las elecciones legislativas en Portugal el próximo 27 de septiembre.
La Senhora Doutora disse: "Espanha está interessada em que o TGV chegue a Portugal para captar "mais fundos comunitários". “O senhor engenheiro deve pedir aos seus camaradas, para lá da fronteira, para deixarem de fazer manifestações e pressões contra a minha pessoa. Não gosto dos espanhóis metidos na politica portuguesa, já que Portugal não é uma provincia espanhola”.
"No me gustan los españoles metidos en la política portuguesa, estoy defendiendo los intereses de Portugal, que no es una provincia de España", enfatizó Manuela Ferreira Leite, exaltada, en el debate. Sócrates recordó a Ferreira Leite que cuando era ministra de Economía en el gobierno conservador de José Manuel Durao Barroso participó en la cumbre ibérica de Figueira da Foz, el 8 de noviembre de 2003, en la que se firmó el acuerdo en el que su Ejecutivo se comprometía a construir cuatro líneas de alta velocidad. Además, el candidato socialista argumentó que, posteriormente, Ferreira Leite participó en un Consejo de Ministros del que salió una resolución en la que se afirmaba que "el proyecto de inversión del AVE es estructural, contribuye al crecimiento del PIB, induce a la creación de empleo y es un factor decisivo para Portugal".

Ferreira Leite se limitó a responder que las circunstancias de entonces son muy diferentes a las actuales y recurrió al tema de la crisis para decir que la materialización de la construcción del AVE Madrid-Lisboa, previsto para 2013, supondría un endeudamiento insostenible para el país. "Diga a sus camaradas de la frontera que dejen de hacer manifestaciones, peticiones y presiones sobre el tema del AVE", se quejó la candidata conservadora, quien acabó por añadir que se refería a "algunos dirigentes españoles, en conjunto con portugueses, que se han manifestado contra ella".

Sócrates volvió a ser claro en relación al AVE: "Portugal tiene que decidir si quiere la estación internacional en Badajoz o Lisboa". "Yo la quiero en Lisboa", remató.
Yo también la quiero como ciudadano con doble nacionalidad y voy a meterme en la campaña hasta las patas que hoy inicia Sócrates aquí al lado en Arronches y Évora para que a esta mal encarada y olvidadiza señora se le quiten las ganas de decir quiénes si y quiénes no participan en la democracia portuguesa.
Não me digam que a Senhora "Mala" Ferreira Leite vai nos por em guerra com a Espanha como moro perto da fronteira passo ja pro outro lado ainda me lembro do tempo do Salazar. Esta sera familia?

domingo, 30 de agosto de 2009

Las joyas de Portugal




En Portugal hay Elecciones Generales y Municipales en septiembre y octubre de este año. Uno que anda por allí a menudo ha descubierto, para conocimiento de el público en general, a dos diamantes en bruto que marcarán la historia de el país lusitano.
Esta señora tan guapa, es mesmo de pasmar a sua beleza, se llama Maria Manuela Dias Ferreira Leite y es la lideresa del Partido Social Democrata de Portugal , que de social demócrata sólo tiene el nombre porque es más de derechas que Marianillo Rajoy. La guapa señora de 68 abriles aspira a ser la lideresa de los tugas y todo lo que dice es para dormir a las velhinhas alentejanas por el día y por la mañana.
El otro nota es Desidério Jorge da Silva actual alcalde de Albufeira que aspira a un tercer mandato para que Albufeira sea de todos, dice el baranda en su cartel electoral, aunque quien conoce bien Albufeira sabe que es más de unos que de otros. El pobre Desidério que está presente en cualquier rincón del municipio ha tenido la mala suerte que este verano se le ha caído una "Falésia" a unos turistas algo temerarios que tomaban el solo debajo de estas formaciones rocosas muy frágiles y ha matado a 5 de ellos. Pero incansable al desaliento el paisano de don Aníbal José Cavaco Silva, actual Presidente de la República Portuguesa, ya que ambos nacieron en la Fregesía de Boliqueime en el municipio de Loulé, dice que la culpa es del Gobierno.
Uno, socialista de toda la vida. mitad español y mitad lusitano espera que por bien de mi segunda patria ambas joyas pasen a engrosar las vitrinas del Museo de Arte Antiga de Lisboa como especímenes dignos de visitar en una urna de cristal porque si los ciudadanos no lo remedian y estas dos joyas alcanzan el triunfo electoral ir a Portugal será una aventura digna de escribir un sainete.
Caros amigos o tipo e a tipa sao mesmo de PASMAAAAAAAAAAAR.

viernes, 24 de julio de 2009

34 anos de socialismo



Manuel Alegre de Melo Duarte na hora da despedida, trinta e quatro anos depois de ter entrado pela primeira vez na Assembleia da República como deputado, Manuel Alegre ouviu elogios da esquerda à direita ao seu espírito crítico, coragem e frontalidade.
"Saio da Casa da Democracia fiel à República, à liberdade, à democracia e ao socialismo. E, sobretudo, fiel a Portugal e ao povo português" reafirmou o velho diputado poeta no seu último discurso na AR, aplaudido de pé.

Na data do 23 de julho Alegre dirigou-se a os deputados:

Foi uma honra ter sido deputado durante 34 anos. Saio por decisão pessoal. Mas saio tal como entrei: combatendo pelas minhas ideias e por uma República moderna, em que a democracia política se conjugue com a democracia económica, a democracia social, a democracia cultural e os novos direitos civilizacionais, entre os quais o direito ao ambiente e à beleza. Uma democracia em que os direitos políticos sejam inseparáveis dos direitos sociais consagrados na Constituição. Foi esse o sonho dos deputados constituintes dos diferentes quadrantes ideológicos e políticos. Tal como há 34 anos, é minha convicção que o esvaziamento dos direitos sociais implicará sempre uma discriminação dos direitos políticos e um empobrecimento da democracia.

Pertenço a uma geração que nasceu em ditadura. Assisti às farsas eleitorais e à existência de uma caricatura de parlamento. Andei numa escola primária onde todos os dias se faziam prelecções sobre os males que a política, os partidos e o parlamentarismo tinham feito ao país. Essa cultura populista, anti-democrática e anti-parlamentar renasce por vezes sob outras formas. A Assembleia da República é o mais exposto de todos os órgãos de soberania, o mais escrutinado, aquele que é mais fácil combater. Se alguma coisa aprendi ao longo destes anos, foi que de cada vez que o Parlamento cede ao populismo, este não agradece, reforça-se.

Houve muitos portugueses e portuguesas que lutaram, sofreram a prisão, a tortura e o exílio para que houvesse em Portugal um parlamento democrático. Alguns deram a vida para que hoje seja possível termos uma Assembleia da República livremente eleita pelo povo. Essa é uma responsabilidade que deve inspirar aqueles que vão ser eleitos. Honrar e prestigiar o parlamento é honrar e prestigiar a democracia. Por isso é necessário combater o divórcio crescente entre os cidadãos e a política. O que só é possível com uma intransigente ética republicana, com espírito de serviço público, com transparência e fidelidade à palavra dada perante os eleitores.

Neste último dia recordo o primeiro dia em que aqui entrei. Recordo Francisco Salgado Zenha a entregar-me uma pequena brochura intitulada “A mais bela função do mundo”. Tal como então, continuo a pensar que a função de deputado é a mais bela função do mundo.

Saúdo o Presidente da Assembleia da República, os membros da mesa e os Vice-Presidentes com quem estabeleci laços de leal cooperação e amizade. Cumprimento todos os líderes de todas as bancadas, com um fraterno abraço ao Presidente do Grupo Parlamentar do Partido Socialista, o meu camarada Alberto Martins. Saúdo os companheiros da Constituinte, Jaime Gama, Mota Amaral, Miranda Calha, Jerónimo de Sousa. Saúdo todas as senhoras e senhores deputados. Agradeço a colaboração e a dedicação de todos os funcionários da Assembleia da República, em especial dos que mais de perto comigo trabalharam. Cumprimento todos os senhores jornalistas pelo seu papel essencial na difusão dos trabalhos parlamentares. Peço desculpa de qualquer falta que por acção ou omissão possa ter cometido. Recordo com emoção as grandes figuras que por aqui passaram, de Adelino Amaro da Costa a Francisco Sá Carneiro, Mário Soares, Salgado Zenha, Álvaro Cunhal, Carlos Brito, entre muitos outros.

Entrei aqui como deputado do Partido Socialista com o sonho de pela primeira vez na história construir uma democracia socialmente avançada. Tal como então continuo a acreditar que esse projecto, sobretudo perante a crise mundial, é não só possível como cada vez mais necessário e urgente. Como há 34 anos, saio da Casa da Democracia fiel à República, à liberdade, à democracia e ao socialismo. E, sobretudo, fiel a Portugal e ao povo português.

Obrigado camarada e até breve.


domingo, 19 de julio de 2009

Corren buenos tiempos




Dicen que "corren buenos tiempos" para la bandada de los que se amoldan a todo con tal de que no les falte de nada. Tiempos fabulosos para sacar tajada de desastres consentidos y catástrofes provocadas.
Entre pandemias, hambrunas, crisis mundiales, tesoreros de tronío, imputados, a los que deben absolver y albsuelven, sastres a los que no les pagan los trajes, alcaldesas a las que les regalan bolsos, generalitos que dan golpetazos, señores bajitos que se van a Roma, en suma, entre tanta breva he descubierto una nueva pandemia que se ha instalado en la sociedad española: la españolitis.
¿Tienen ustedes una bandera de España colgada del retrovisor de su coche o prefiere un dado de peluche con los colores patrios?
¿Visten a su perro con correajes rojo y gualda que hacen que el pobre bicho parezca la cabra de la Legión?
Si la respuesta es afirmativa, ustedes sufren de españolitis.La españolitis es una nueva enfermedad que, a los que la padecen, les da por mostrar que son españoles en lugares donde se sobreentiende que se es español. Mientras los médicos encuentran una vacuna que se pueda administrar a todos los que la sufren, debemos soportar estoicamente que corren buenos tiempos para equilibristas, para prestidigitadores y para sadomasoquistas, porque el Nota de la lengua españolaza es para medalla de oro.

Tiempos fabulosos para plañideras,charlatanes visionarios y virgenes milagreras. Tiempos como nunca para echarle morro o sacar coraje y pedir socorro. Corren buenos tiempos preferentemente para los de toda la vida, para los mismos de siempre.

Gracias al Noi del Poble Sec por ser referente de estos tiempos y habernos anunciado la que se nos avecinaba. Mientras tanto los empresarios siguen ERE que ERE y no dan su brazo a torcer, los imputados en el Caso Guertel se librarán del talego por estar aforrados y mientras tanto millones de ciudadanos buscan en los cubos de basura algo para poder sobrevivir.

domingo, 12 de julio de 2009

Entre toros y cuernos


La cosa de los toros con cuernos tiene miga y es una cuestión no sólo del tamaño de los pitones sino de a quién se los pones. Aquí en España ponerle los cuernos a la parienta o al pariente es un deporte nacional, unido a la pasión taurina de correr delante de morlacos y quedarse para recoger malvas. Pero este país es como es y es parte de su cultura y hay que respetarlo.
En nuestra vecina Portugal lo de los cuernos está como peor visto. Las corridas de toros se celebran con los pitones enfundados en gruesas capas de cuero o aserrados y está prohibido darles matarile en las Praças de Toiros, salvo en la indómita Barrancos donde toda la vida han alegrado los agostos calurosos con sus corridas de muerte, a la espanhola, y después de muchas broncas han hecho una excepción y allí les dan matarile en la plaza.
Lo que no está de moda, ni bien visto, son gente muy educada, es ponerle los cuernos a un padre de la República en un debate Parlamentario. Así le ha pasado a Manuel Antonio Gomes de Almeida de Pinho, un experto economista lusitano que fue Ministro da Economia e Inovação en el Gobierno de José Sócrates en Portugal desde 2005 hasta el día 2 de julio en que en el pleno del Debate de la Política General le espetó una cornada visual a un diputado del PCP por un quítame ahí esos cuernos sobre las minas de la histórica villa, siempre gobernada por los comunistas, de Aljustrel.
Este experto baranda venido del múltiples cargos en el sector bancario, fue cesado por ser un forcado que le quiso hacer uma "pega" a un comunista luso. Después de su ataque de cornos ha decidido volver al sector bancario de donde nunca debió salir porque allí son más discretos y no cornean a diputados comunistas sino que lisa y llanamente hacen caja.
¡Qué cornada! pero estoy seguro que si el hecho hubiera ocurrido en España este baranda hoy sería más famoso que ese crack madeirense llamado Cristiano Ronaldo y no por darle pataditas a un balón sino por saber de cuernos un taco.


sábado, 27 de junio de 2009

Durão y el bacalao

Zé Manel es una joya de la política internacional y listo como los portugueses que se enseñorearon de medio mundo, haciendo lo que mejor saben hacer: buenos comerciantes. Después del 7 de junio y visto lo que es la Unión Europea todos han quedado rendidos a la evidencia que marca este lisboeta avispado.

Dicen que durante la campaña electoral de 2002, en Portugal, donde obtuvo la victoria, su esposa Margarida Uva, no sabemos si buena o mala uva, le dedicó un poemita titulado : "sigamos o cherne", aunque el cherne no es nuestro mero, ese apodo le viene al pelo al baranda ex-maoísta y hoy clavero de las más finas esencias de esa Europa que está encantada de haberse conocido.

Como dicen nuestros compadres del otro lado del Atlántico, este es el "mero, mero", el genuino guardián de los paraísos fiscales. La evasión de impuestos a nivel mundial en paraísos fiscales supera los 200 billones de dólares, repartidos entre más de 3 millones de sociedades, fundaciones, o particulares. Esa cantidad de dinero cubriría de forma sobrada el objetivo de la ONU de reducir la pobreza a la mitad para el año 2015.

Los delincuentes de cuello blanco acumulan sus fortunas en paraísos fiscales por el insignificante cobro de impuestos, y sobre todo, por el secreto bancario, que impide que se descubran los titulares de las cuentas. El cliente cuenta con el anonimato y la confidencialidad, tanto de su nombre como de los movimientos que realice en su cuenta bancaria y del origen de sus caudales. En todos ellos existe una restrictiva norma que impide el levantamiento del secreto bancario. ¿Qué pasaría si todas las personas que pagan impuestos trasladasen sus ahorros a paraísos fiscales?. Gibraltar posee una extensión de 4,5 kilómetros cuadrados y una población de 30.000 habitantes. El número de empresas y sociedades en su territorio asciende a más de 28.000. Casi una por persona. Sólo en Luxemburgo, las entidades bancarias manejan activos que superan el PIB de muchos Estados. Liechtenstein posee el doble de empresas que de habitantes. Ejemplos parecidos podrían encontrarse en Mónaco y en el mapita adjunto.

El brasileño Emir Sader afirmaba que la globalización liberal requiere a los paraísos fiscales como la institución familiar tradicional a los prostíbulos como compensación al matrimonio indisoluble, y como vía de escape de las necesidades no atendidas por la esposa. Quizá el problema no radique en los paraísos fiscales, sino en el sistema económico que los permite.

Uno sigue pensando que mientras la izquierda siga dormida, sin ideas, dejando hacer, el mero y sus acólitos: traficantes de armas, drogas o personas, mercenarios de guerra, políticos corruptos, o grandes multinacionales son los visitantes más frecuentes de este tipo de países. La corriente de dinero que circula por sus bancos se estima en números de diez cifras. Esto reduce el dinero ingresado por los Estados mediante impuestos destinados a la educación, la sanidad o la seguridad.


También las figuras públicas y los famosos eligen paraísos fiscales. Es el caso del ex campeón del mundo de automovilismo, Fernando Alonso, quien asegura haberse traslado a Suiza para evitar “el acoso de la prensa”. Su predecesor Michael Shumacher y su sucesor Lewis Hamilton tampoco van muy retrasados en esta faceta. Steffi Graff y Boris Becker no son ajenos a esta moda. Bono, el caritativo cantante de U2 tributa sus ingresos en un paraíso fiscal holandés. Hasta hace poco el Banco Santander ofrecía a sus clientes con mayores fortunas la posibilidad de desplazar su dinero a estos paraísos.

Así es la vida y uno trata de no tragar más sapos, pero vaya que si hay que tragar.



miércoles, 10 de junio de 2009

Europa con fianza




Una mancha ha recorrido Europa, la de los 27, una mancha que a diferencia de la que produce la mora en el tejido con otra verde se quita, pero esta después de mucho frotar nos lleva a reconocer, con pena, que no es de mora sino de azul fuerte y de caras feas, de meapilas, de trincones, de imputados, de afianzados, de gente guapa. Frente a esta mancha la izquierda socialista, desnortada y sin ideas, asiste atónita a la suciedad que ha impregnado a aquella que por bella intentó raptar Zeus metamorfoseado en toro.
Nada es por acaso fruto del azar, muy al contrario es la cosecha recogida por un club de selectos personajes que pescan con caña en aguas revueltas, que pasean sus trofeos en villas mediterráneas, que cazan con cinbel y con liga, que les gusta la carne fresca y las frescas con ganas de triunfar sin dar un palo al agua, de jet privados y de ideas de mucha enjundia. Derrumbado el kiosco se han encargado de saquear con políticas keynesianas su edificio, lo han apuntalado, lo están repintando, dándole una nueva arquitectura vanguardista y amasando el "taco" en las Cayman Islands y en el quinto c...., allí donde todos están vestidos de ropa de diseño y con guantes blancos y les reciben discretamente con tratamiento de bussiness class.
El baranda que puso a Ilha Terceira para la foto del siglo volverá a regir el Selecto Club de la Europa Azul, tintada de ultramontanos, neofacistas, antisistemas y descreídos de una clase política que les defrauda, que no sabe convivir ni compartir con ellos los graves problemas que afectan al común de los ciudadanos.
Enhorabuena a los agraciados y que sigan por sus fueros, ellos tienen el huevo y fuero, a los demás sólo nos quedan sueños y utopías, pero en las que seguiremos creyendo y por las que seguiremos peleando porque los raptores de la bella Europa pagarán algún día en las urnas y de forma democrática sus culpas y sus mentiras.
He llevado a la tintotería mi traje de beduino tuareg para hacer prácticas para pasar la larga travesía con la experiencia acumulada de otras que ya realicé. Por cierto no me gusta nada la cara de Fabra, la de Topolanek, la de Sarkozy ni la de Gordon Browm y menos la de Berlusconi, pero uno es demócrata y a invernarse y felicitar a los ganadores en buena lid.
Que les vaya bonito.

jueves, 4 de junio de 2009

Europa puede ser otra cosa



Hoy los británicos y holandeses votan para el nuevo Parlamento Europeo, así lo harán los restantes 25 países que componen la Unión Europea para dar un veredicto sobre que Europa quieren construir. La actual no me gusta y debemos intentar cambiarla para que ocupemos un lugar en el nuevo escenario mundial que se avecina  después del derrumbe del modelo social capitalista-mercantilista que ha llevado al mundo globalizado a la grave crisis que padece.

Construir una nueva Europa, luchar por la multilateralidad, crear nuevos instrumentos que permitan acabar con la tierra quemada que han dejado los especuladores y los dueños y claveros del pensamiento neoliberal conservador. Una Europa de ciudadanos alejada de los círculos de los poderosos y donde ser ciudadanos comprometidos con un mundo nuevo, más justo y donde seámos capaces de erradicar la miseria y la pobreza.

El domingo a VOTAR a quién mejor encarne los valores que cada cuál crea más justos para la Europa y el Mundo que tenemos que reconstruir de nuevo. YO VOTARE SOCIALISTA, como extremeño, español, europeo y ciudadano de un mundo más libre y justo.

AYUDANOS A QUE LOS SOCIALISTAS SEAMOS MAYORIA.

sábado, 30 de mayo de 2009

Air Force One



Cantaban en la Argentina aquella canción de " En las arenas bailan los remolinos, el sol juega en el brillo del pedregal, y prendido a la magia de los caminos, el arriero va, el arriero va. Las penas y las vaquitas, se van por la misma senda, las penas y las vaquitas, se van por la misma senda, las penas son de nosotros, las vaquitas son ajenas". El día 7 de junio nos jugamos mucho en las Elecciones al Parlamento Europeo aquellos que somos gente de izquierda y socialistas. Una Europa gris, Bruselas es un ciudad gris, un modelo mercantil que no crea ciudadanía, unos ciudadanos deslumbrados por el oropel y los fondos comunitarios, un triste como José Manuel Durao Barroso (que parece hermano de los Morancos aunque menos engraçado). En suma pocas esperanzas para que esto cambie y se produzca el renacimiento de nuevo del capitalismo maquillado con tintes "Iberia" aquellos que usaba mi abuelita, porque eso es lo que va a ocurrir.

Aquí, en esta piel de toro, entre meapilas, clérigos, aznaristas y señoras rubias que están encantadas de haberse conocido (Doña Rosita es todo un lujo), nos peleamos por si usamos el Falcon para ir a esto o a lo otro. Que si tú, que si yo, que si tú lo usastes, que ahora lo uso yo....
De pena porque el único que sabe de esto de aparatos que vuelan es el Mr. President of the United States of América que para eso tiene el Air Force One, los demás hemos ido toda la vida de carro, como el arriero pampero, y no nos ha pasado nada.
Que el 7 de junio la izquierda y los socialistas como sus genuinos representantes recuperen el lugar que les corresponde, a ello contribuyo y contribuiré pero me parece que debemos, el día después, reflexionar sobre algunas cosas.
A llenar las urnas de puños y rosas.

sábado, 16 de mayo de 2009

Obrigado camarada Manuel Alegre




Em reunião ontem realizada em Lisboa, Manuel Alegre informou os seus apoiantes, pertencentes ao MIC e à Corrente de Opinião Socialista, da decisão pessoal que tomou. Explicou que não saía do PS, porque apesar de poder "não concordar com a prática e as políticas", diz reconhecer-se "nos valores e princípios do socialismo democrático".
Em conferência de imprensa a seguir à reunião, Manuel Alegre leu uma declaração:
1. Não sairei do PS – Ajudei a fazer este partido, a sua história é parte da minha história, posso não concordar com a prática e as políticas, mas reconheço-me nos valores e princípios do socialismo democrático.
2. Não formarei um partido para as próximas legislativas – Reconheço que há uma crise de confiança nos partidos cujo monopólio está a esgotar-se, há a necessidade de renovar a vida política, de cativar os jovens para a política e para a coisa pública, assim como de preparar novas soluções para a esquerda e para a democracia. Mas isso é um processo inseparável do processo social. Exige uma acção pedagógica e o reforço da cidadania. E não se fará sem ou contra o espaço socialista.
3. Não serei candidato a deputado – Fui convidado pelo Secretário Geral, com espírito de abertura e companheirismo, para integrar as listas do PS. Não seria digno impor condições ao Secretário Geral do PS. Só faço exigências a mim mesmo. E são essas exigências que me ditam a decisão de não me candidatar nas próximas eleições legislativas.
Não há ruptura com o PS.
Não há abdicação nem retirada.
Há a decisão de continuar, sob outras formas, o meu combate de sempre pela renovação da vida democrática, pela cidadania e pelo socialismo democrático.
Obrigado camarada, nós os socialistas precisamos de ti.

viernes, 8 de mayo de 2009

The Patio of Monipodio




Curiosamente, los hombres a menudo volvemos al punto de partida después de pasar por los antípodas. Esto es lo que me temo que ocurre en la actualidad con la economía. Partiendo del capitalismo y su histórica preferencia por el monopolio, pasando por la socialdemocracia de los valores compartidos, hemos regresado al Patio de Monipodio. A esa vieja cueva troglodita, oscura, donde la vida vuelve a ser el enfrentamiento entre explotadores y explotados.
En los tiempos de crisis han de aparecer nuevos principios. Hoy, frente al economicismo atroz y monocrático que socializa las pérdidas, privatiza las ganancias y excluye a los más necesitados, debe alzarse la hora de la democracia plena, porque no hay democracia sin bienestar y viceversa. Y en un mundo más civilizado primará un día la tutela de todos frente al imperio de los pocos o si no el futuro se convertirá en un lugar parecido a una plaza de toros mansos. Un ruedo de cabestros ciegos inevitablemente heridos, no ya por el estoque gallardo del guerrero y del libertador sino por la encefalopatía espongiforme del insolidario, que nos convierte en algo inútil como un buey sin yunta que a rastras, sin aplausos, sin indultos, se llevan los mulos del olvido hacia ninguna parte.

viernes, 1 de mayo de 2009

Uno de mi calle me ha dicho...



Como cantaba el Noi del Poble Sec, uno de mi calle.. me ha dicho que tiene un amigo que dice conocer a un tipo que un día fue feliz. Y me han dicho que dicen, que dijo que se tropezó en la calle con un sueño y se entretuvo experimentando nuevas sensaciones y asombrado,comprobó que le iban bien. Era un hombre como cualquiera: ignorado,desorientado,contaminado, acobardado, parado, hipotecado como cualquiera, aburrido,desconocido y poco atrevido donde lo hubiera. Pero asqueado dicen que decidió gritar: BASTA y dicen que dijo que se había rebelado contra los autores que habían conducido a la actual crisis económica global al mundo en que vivía, aquellos empresarios que le habían ofrecido el provocador prospecto de hacer retroceder las victorias en derechos humanos conquistadas por la gente trabajadora.
La prensa empresarial le había advertido a él, que había sido uno de los mimados trabajadores occidentales, que tenían que abandonar sus "estilos de vida lujosos" y las "rigideces del mercado" como seguridad del trabajo, pensiones, salud, educación y seguridad laboral, y otras tonterías anacrónicas. Sesudos economistas y Gobernadores de Bancos Centrales le habían advertido que era necesario aceptar salarios más bajos, jornadas más largas, beneficios y seguridad reducidos y otras "inflexibilidades" bajo la amenaza de mandarlo a la puta calle o desplazar la producción hacia otros lugares donde pueden encontrar trabajadores a una fracción de los costos de los "mimados trabajadores occidentales", mientras se benefician con altas tarifas proteccionistas y demás amenidades que los "mercados libres realmente existentes" proveen para los ricos.
Pero dicen que dijo que no estaba dispuesto a permitir que se usaran las mismas recetas para darle gusto a los que le habían abierto los ojos, a que lo pisotearan, a que lo manipularan y a que lo volvieran a explotar y dicen que dijo preguntando en voz alta que donde estaban los suyos, donde estaba la izquierda, que hacía esta para cambiar el mundo, no obtuvo respuesta pero decidió seguir soñando que un día llegara.
He preguntado por el tipo y uno de mi calle me ha dicho que han dicho las autoridades que pasó el peligro, que todo está bajo control, que se trataba de un caso aislado, pero no obstante recomiendan que se tomen precauciones, que quien lo prueba una vez sueña en reincidir.