sábado, 3 de febrero de 2007

REFERENDUM DO ABORTO














PS apela ao voto no “sim” contra o aborto clandestino e a prisão

O “PS está mobilizado” para o voto “sim” no referendo de 11 de Fevereiro para acabar com o aborto clandestino, “uma vergonha nacional”, e a pena de prisão das mulheres, afirmou hoje o dirigente socialista António Costa, em conferência de Imprensa, realizado na sede nacional do Largo do Rato.


António Costa, que se encontrava acompanhado pelos camaradas Maria Manuela Augusto e Pedro Nuno Santos, respectivamente, presidentes do Departamento Nacional das Mulheres Socialistas e da Juventude Socialista, afirmou que é preciso votar “sim” para alterar a actual lei que já provou à sociedade ser ineficaz, apenas “promovendo a clandestinidade do aborto, praticado sem condições de segurança”.

E lembrou, a propósito, que em Portugal são praticados 18 mil abortos clandestinos por ano, sendo que 18 por cento dos óbitos maternos ocorrem na sequência de complicações pós-aborto, segundo dados da Associação de Planeamento Familiar.

Segundo António Costa, a lei portuguesa ainda é das mais restritivas da Europa e deve aproximar-se das soluções em vigor nos países mais desenvolvidos, que partilham os nossos valores. Por isso, frisou, “o voto no ‘sim’ também faz parte integrante da modernização do país”.

Outra das razões avançadas pelo dirigente socialista para o voto no “sim” é pôr termo à prisão, porque o aborto “não se trata com prisão”, já que é “uma questão de saúde e de apoio social”.

Salientando que “não é aceitável que se criminalizem consciências”, António Costa criticou ainda a falsa solução daqueles que afirmam ir votar “não” mas ao mesmo tempo dizem ser contra a pena de prisão. “Não há crime sem pena. Quem não quer a pena de prisão deve votar ‘sim’”, disse.

O dirigente socialista fez ainda um apelo à participação no referendo, manifestando a sua convicção de que “os portugueses saberão decidir bem”, ou seja, depositando nas urnas o voto no “sim”.

4 comentarios:

Anónimo dijo...

Abortar a pedido e passar o resto da vida a pedir que nao tivesse acontecido?

X NAO OBRIGADA

www.nao-obrigada.org

Jose Carlos Molina dijo...

Votar sim” é o combate à “chaga” do aborto clandestino, e nao tenho dúbidas que a despenalização da interrupção voluntária da gravidez conduzirá a “uma sociedade mais humana”.

No día 11 VOTAR SIM.

Anónimo dijo...

Aborto: 51 eurodeputados pelo «Não»
O líder do CDS-PP, José Ribeiro e Castro, apresentou esta segunda-feira uma declaração assinada por 51 eurodeputados de 16 países contra a despenalização do aborto em Portugal, noticia a agência Lusa.

Entre estes 51 eurodeputados, seis são portugueses: além de Ribeiro e Castro, também o seu companheiro de partido Luís Queiró subscreveu a declaração, bem como quatro eurodeputados eleitos pelo PSD: João de Deus Pinheiro, Silva Peneda, Carlos Coelho e Sérgio Marques.

«Esta declaração desmente a ideia de que a Europa é a favor da liberalização do aborto. Há muitos eurodeputados que partilham da convicção do não», afirmou Ribeiro e Castro, em declarações aos jornalistas, à margem de um almoço realizado na sede do partido.

Na declaração, os eurodeputados subscritores manifestam «a sua preocupação e a sua crítica contra esta nova tentativa de liberalização do aborto em Portugal».

«Discute-se hoje na maioria dos Estados europeus a limitação da prática de aborto e não a sua liberalização que consideramos anacrónica e obscurantista», refere o texto, que apela ao povo português «para que não escolha este caminho de respostas falsas».

Presente em Lisboa, o deputado espanhol do Partido Popular eleito por Madrid, Eugénio Nassarre Goicoechea, considerou «muito negativa» a experiência do seu país nesta matéria.

Em Espanha, apesar de a lei ser muito semelhante à actual legislação po rtuguesa, a invocação de riscos para a saúde psíquica da mulher é aceite como motivo válido para a realização de abortos legais.

«A experiência espanhola é muito negativa porque está a acontecer uma liberalização de facto e um crescendo do negócio nesta matéria», lamentou o deputado espanhol, considerando que será «uma catástrofe se a liberalização do aborto se instalar na Europa».

«Concorda com a despenalização da interrupção voluntária da gravidez, se realizada, por opção da mulher, nas primeiras 10 semanas, em estabelecimento de saúde legalmente autorizado?», é a pergunta colocada aos eleitores a 11 de Fevereiro, igual à do referendo de 1998.

Anónimo dijo...

O aborto ilegal é um "negócio de dinheiro sujo, que não é tributado" e que, por isso, potencia a corrupção, disse ontem a procuradora-geral adjunta, Maria José Morgado.

Concordo com ela.
Votarei SIM.