
Pinheiro da Silva é ainda claro quanto aos partidos políticos de Portugal «São um embuste. Não queremos nada com os partidos, não somos democratas, somos nacionalistas», explicou defendendo que «Salazar nunca foi fascista nem existiu uma ditadura em Portugal».
Site do NEOS atacado por «brincalhões»
O objectivo do NEOS é repor a verdade histórica e ser fiel à memória do antigo ditador. Para a sua prossecução criaram um sítio na Internet povoado de documentos, artigos e imagens alusivas ao «Obreiro da Pátria». O
O sítio foi atacado várias vezes nos últimos oito meses e chegaram a haver ameaças aos elementos do NEOS, mas «nunca tivemos medo» explicou João Gomes que acredita que os autores foram «apenas uns brincalhões que gostam de atacar sites e o nosso é naturalmente polémico. Queremos apenas evidenciar a verdade histórica de Salazar. As pessoas comem tudo que ouvem», aludiu.
Ao «amigo Fidel» e à Rússia nunca chamaram ditadores, porquê?»
O NEOS vai celebrar o aniversário de Salazar, no próximo sábado, dia 28 de Abril, com um almoço e uma ida à Igreja em Lisboa. Um evento que Pinheiro da Silva diz não ter qualquer ligação com a proibição da romagem à campa do antigo ditador, em Santa Comba Dão. «Já comemoramos a data há 16 anos», tantos quantos os anos que o NEOS já conta.
Por outro lado, Pinheiro da Silva mostrou-se apreensivo quanto ao possível Museu de Salazar em Santa Comba Dão. «Se for para repor a verdade história de Salazar somos a favor, mas tememos que seja contra», lamentou o responsável.
«Somos fiéis à memória de Salazar», explicou Pinheiro da Silva que assegurou que a «ditadura de Salazar foi uma invenção» dos comunistas que «chamam fascistas a todos que não são comunistas». Ao «amigo Fidel e à Rússia nunca chamaram ditadores, porquê?», pergunta.
O Presidente do NEOS foi ainda delegado à ONU por Portugal e assegurou que naquela organização os portugueses eram bem conhecidos e tratados, dado que os seus elementos «sabiam a segurança que existia no nosso país», ao «contrário de agora».
Havia a «verdadeira liberdade que agora é uma mentira»
Pinheiro da Silva sente saudade e tristeza em relação ao quadro político de agora e dava tudo para poder voltar ao tempo de Salazar, no qual, diz, «a verdadeira liberdade existia. Agora é uma mentira», acusa.
O responsável considerou que a liberdade de expressão não existe com a actual «censura camuflada». «Não havia censura, eu sempre tive liberdade para escrever o que queria, mas sempre soube o que não devia escrever», para não «atacar o Estado».
Agora Pinheiro Da Silva diz conhecer amigos que escrevem artigos para jornais que nunca são publicados por que «não são politicamente correctos».