miércoles, 19 de marzo de 2008

Os negócios milionários da Igreja em Portugal


“Estando próxima a Páscoa dos Judeus, Jesus subiu a Jerusalém. E achou no Templo os que vendiam bois, ovelhas e pombas, e também os cambistas ali sentados; e tendo feito um azorrague de cordas, lançou-os todos fora do Templo, bem como as ovelhas e os bois; e espalhou o dinheiro dos cambistas, e virou-lhes as mesas; e disse aos que vendiam as pombas: «Tirai daqui estas coisas; não façais da casa do meu Pai casa de negócio»”.
É um texto excelente, sobre um tema que são as contradições da Igreja Católica. As contradições entre a fé e o negócio que se cria á volta da mesma fé, transformando a instituição Igreja na empresa Igreja. Alguém se questiona sobre os negócios de Fátima, alguém se preocupa com o facto de lado a lado com santas e velinhas se venderem "Action Man" e "Transformers". Alguém se questiona sobre o facto de Fátima se ter tornado num grande Shopping Center a ceú aberto.
É realmente muito fácil pregar a palavra que se auto-intitula de santa e depois não fazer nada do que se prega, mais ou menos do género façam o que eu digo não façam o que eu faço.
Umas notas simples do facto:
Salesianos vão fazer uma urbanização de 5 milhões de euros perto do novo aeroporto de Lisboa em Alcochete.
Diocese de Braga gere uma cadeia de hotéis e um spa com jacúzi e solário.
Fátima teve, num ano, um lucro de 3,9 milhões em acções e aplicações financeiras.
O anterior cardeal patriarca de Lisboa deixou uma herança de 5 milhões de euros.
Em Fátima, reza a lenda que não chega a ser história, aconteceu aquilo que é suposto ter sido visto e presenciado e constado por quem viu. Há teorias, explicações, argumentos, contradições, mas sobretudo há Fé, aquela coisa que nos faz acreditar, crendo, e nos faz crer, acreditando. Acredita quem quer e crê quem lhe aprouver.
Com a fé das pessoas não se brinca…(nem deviam produzir-se escritos de opinião!) Mas podem e devem produzir-se escritos sobre sucessos comerciais; empresas empreendedoras, em vias de expansão e com garantia de sucesso.
A Santa Igreja aposta forte nos seus negócios terrenais, é coisa dos tempos e das suas finanças. Viver para ver e crer.